segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Numa das minhas muitas pesquisas pelo mundo da web encontrei este artigo fascinante que achei que iam gostar. É uma perspetiva positiva sobre a vida que todos nós deveríamos adotar.
Quase nos 30′s, com pouco dinheiro, uma casa para pagar e sou feliz!
28 anos, dois trabalhos, pouco tempo livre, nenhuma viagem de férias paradisíaca no passaporte, conta bancária com poucos dígitos no saldo corrente, uma casa para pagar.
E sou feliz.
Não sou rica, pelo contrário. Vivo com o que ganho; quase “chapa ganha, chapa gasta”, como costumamos dizer. Não tenho dinheiro de sobra, consulto o saldo frequentemente e tenho de pensar duas vezes antes de comprar por impulso e fazer balanços a todos os meses, senão a todas as semanas. O pouco que tenho é ganho com o meu esforço e gasto no essencial; se sobrar algum para futilidades ou para guardar, tanto melhor.
Não sou alta e espadaúda. Acordo com má cara muitas vezes. Tenho celulite e faltam-me as maminhas que queria. O meu cabelo é fino. Volta e meia nem lido muito bem com o que vejo no espelho. Mas tenho saúde.
Não tenho nenhuma mala cara, um relógio daqueles mesmo bons ou uns sapatos fetiche. Não compro os luxos que gostaria, o meu creme hidratante acabou-se e dói-me um dente volta e meia.
Não embarquei nunca numa grande viagem de mochila às costas. Não conheço as praias paradisíacas do Sudeste Asiático, nunca fiz férias fora da Europa. Até aos 20 anos, nunca tinha andado de avião. Cresci e vivi por cá, a ir à praia todos os dias com a minha mãe pela mão e borboletas na barriga para ver o mar. Fui educada com todo o amor e orçamento à conta.
Não fiz Erasmus. Nem anos sabáticos. Trabalhei desde muito cedo nos fins-de-semana, férias grandes, de Natal e da Páscoa. Mas o trabalho não me assusta e valeu-me já muitas lições, presentes de Natal para os meus e conquistas só minhas.
Não tenho um carro bombástico. Não tenho o Defender preto dos meus sonhos. Não tenho casa na praia; nem na neve. Não tenho o nome na guestlist do Lux, não sou cliente frequente dos restaurantes da moda. Mas e o gozo que me dá uma pestiscada com amigos volta e meia? Ou trocar de carro para um que não se borra todo na auto-estrada quando passa dos 140 km/h?
Não tenho por hábito dizer aos quatro ventos que sou feliz, que isto de apregoar felicidade não é visto com bons olhos por muita gente. Gostamos mesmo é de nos queixar, de nos lembrar de tudo o que não temos, deixando de parte a lista mental de tudo aquilo que somos, conquistámos e vivemos, que é realmente o que importa e o que nos torna tão mais e melhores do que pensamos.
Queixamo-nos do estado do país, da falta de tempo, do frio, do calor, da chuva, do trânsito, da burocracia, dos vizinhos que fazem barulho, dos que são chatos, dos que não cumprimentam, do café que está queimado, da fila de supermercado, dos homens, de trabalho a mais, de trabalho a menos, do dinheiro que nos falta, das férias que não temos, das olheiras, da barriga a mais, do preço da gasolina. Queixamo-nos de não sermos ricos, de não sermos capas de revista, de não termos feito e acontecido. Eu, pela minha parte, culpada me confesso.
Não tenho tanta coisa. Pois não.
Mas e daí?
Sou feliz.
Com tudo o que me falta e que me assiste.
A vida é um lugar estranho…
Fonte: supa-woman.com
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