terça-feira, 2 de novembro de 2010

O cantor canadiano apresenta hoje e amanhã no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, o álbum "Crazy Love"


"Claro que não sou o Frank Sinatra. Sou canadiano, nasci em 75 e não me dou com mafiosos!" Esta foi a resposta que Michael Bublé deu, no talk show canadiano "The Hour", a uma crítica feita a um dos seus concertos que dizia que o cantor de 35 anos "não é o Frank Sinatra".


Bublé é Bublé, um rapaz simples de Burnaby, Canadá, que quis ser, além de cantor, jogador profissional da equipa de hóquei Vancouver Canucks.
Com a música, foi-se o desporto mas o amor permanece: Michael é co-proprietário dos Vancouver Giants desde 2008. "Fiz muitas coisas maravilhosas na minha vida, mas esta, para mim, é a mais prestigiante. É um sonho tornado realidade", referiu o cantor.

E a verdade é que Michael, que hoje e amanhã actua no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, já vendeu mais de 25 milhões de discos em todo o mundo, ganhou dois Grammy e vários Juno (prémios da indústria musical canadiana). No entanto, nas entrevistas que dá, Bublé continua a falar como o rapazinho da casa ao lado. Faz piadas, conta histórias e disparates protagonizados por si, como a vez em que vomitou no jardim de Leonardo DiCaprio: "Não o conhecia, eu era amigo de um amigo dele. Cheguei lá a casa e ele estava a fazer nachos para todos. Bebi umas vodkas e quando dei por mim estava mal disposto. Acabei por vomitar no jardim dele. Fiquei tão envergonhado que trepei o portão e fui para casa a pé. Nunca mais o vi, desde então", contou Bublé em entrevista ao talk show "The Hour".

Já no "Graham Norton Show", um programa britânico, o cantor contou a sua experiência na "Oprah": "Fui lá e enquanto ela falava eu só pensava ''meu deus quero tanto tocar nos dentes dela''. E juro, ela falou uns minutos e eu não ouvi nada do que ela me disse, só pensava naquilo." Apesar da vontade de tocar nos dentes de Oprah, Michael ainda conseguiu falar do mau sotaque inglês da sua noiva, a actriz argentina Luisana Lopilato, enquanto fazia algumas imitações vocais.

No princípio era o avô
Desde os dois anos que Michael Bublé garantia à família que ia ser famoso. Porém, só aos 13 que perceberam porquê. É que a meio de uma cantoria familiar, com o pai, a mãe e as duas irmãs mais novas a cantarolar "White Christmas" Michael levantou o tom e deixou todos de boca aberta. Afinal o miúdo sabia cantar.

Foi o avô, um canalizador italiano radicado no Canadá, que lhe mostrou o jazz e o swing. Foi também o avô que conseguiu que Bublé cantasse em clubes nocturnos, apenas com 16 anos. Como? Se o neto pudesse subir ao palco, ele instalaria no clube uma sanita nova. Simples.

Quando não cantava, Bublé ajudava o pai, pescador de alto mar, na pesca, chegando mesmo a passar dois meses no mar. Bublé diz que essa experiência, junto do pai e de homens mais velhos do que ele, em alto mar, o ensinou "o que é ser um homem".

Aos 18 anos ganhou o Canadian Youth Talent Search e arranjou um agente que inscrevia Bublé para todos os concertos, programas de talentos, convenções, cruzeiros, bares e clubes. Michael chegou até a cantar telegramas de "melhoras rápidas" ou aniversários.
Apesar do esforço e de ter sido nomeado para dois prémios Genie, em 2000, com duas canções que escreveu para o filme "Here''s to Life", as coisas não correram bem e, aos 25 anos, Bublé estava pronto para desistir do sonho e ingressar numa carreira jornalística.

O sucesso
Tanta cantoria em eventos e congressos deu os seus frutos. Um colaborador próximo do ex Primeiro-Ministro canadiano Brian Mulroney ouviu Michael num desses congressos e recebeu uma cópia de um dos três álbuns do cantor, editados de forma independente. Esse álbum foi parar às mãos do Primeiro-Ministro que decidiu que Bublé cantaria no casamento da filha. Foi aí que Michael conheceu David Foster, produtor e vencedor de vários Grammys, que já tinha trabalhado com Madonna, Michael Jackson, Whitney Houston, Cher ou Barbra Streisand.

Em 2003 seria editado "Michael Bublé", o álbum de estreia do canadiano que incluía temas como "Fever" e "For Once in my Life". Depois da estreia, seguiram-se mais três álbuns, lançados em 2005, 2007 e 2009.

Michael Bublé é um verdadeiro entertainer, um crooner à moda antiga. No concerto que deu em Madrid, no domingo, o cantor imitou Michael Jackson, misturou-se na multidão e entregou o microfone a um dos espectadores, para que cantasse no seu lugar.

Os amores
Bublé é daqueles artistas que fala das relações abertamente, seja em que programa for. Perguntam, ele responde. Quando Oprah questionou "como é estar apaixonado?" a resposta foi rápida: "É óptimo, muito melhor do que não estar apaixonado."

Cada vez que se apaixona ou que termina uma relação, Bublé escreve uma canção. Ou duas, ou três. Para a sua primeira namorada, com quem esteve vários anos, escreveu "Home" e, mais tarde, aquando da separação, "Lost". Para Emily Blunt, actriz britânica com quem namorou dois anos, escreveu "Everything". Em 2009, o cantor conheceu Luisana Lopilato, na Argentina, uma actriz e modelo local de quem está noivo e para quem escreveu "Haven''t Met You Yet", tema incluído na reedição do álbum "Crazy Love", de 2009.

retirado do Jornal IOnline
dia
02/11/2010

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